A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Uma semana depois do ciclone extratropical que deixou um rastro de destruição no Rio Grande do Sul, o tamanho do estrago pela passagem do fenômeno vai ficando mais evidente à medida que pode ser compilado em números. Nas atividades agrícolas, o prejuízo estimado é de mais de R$ 149 milhões, segundo levantamento elaborado pela equipe técnica da Emater.
As perdas foram verificadas em 8.115 propriedades rurais, de 62 municípios e 584 localidades. Os danos em construções afetaram 1.595 produtores, que tiveram problemas em instalações de casas, galpões, silos, armazéns, estufas, açudes, aviários e pocilgas.
As perdas foram concentradas principalmente no Litoral Norte e na Região Metropolitana.
Conhecida pela produção de hortifrutigranjeiros — que já começa a mostrar alta de preço devido às perdas, a região mais atingida pelo ciclone também registrou danos nas lavouras de grãos e nas atividades pecuárias de avicultura, bovinocultura e suinocultura. Foram 61 mil cabeças de aves comerciais e 586 cabeças de gado de corte perdidas. Na fruticultura, a produção de banana e a citricultura foram as culturas mais prejudicadas.