A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O cenário de destruição visto em cidades gaúchas por causa do ciclone extratropical que atingiu o Estado desde quinta-feira (15) também alcançou o campo. Na produção agropecuária, as plantações de folhosas (alface, rúcula e couve verde) nos municípios de Gravataí e Viamão, de citros em São Sebastião do Caí e de frutas e legumes (vagem, pepino e pimentão) à beira do Rio Caí foram as mais afetadas.
Para o consumidor, além de postes, falta de luz e enchentes, o impacto do fenômeno será sentido também no bolso a partir da próxima segunda-feira (19). É o que projeta o gerente técnico substituto da Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), Adiel Bitencourt:
— Muitos caminhões não conseguiram chegar. O efeito deve ser sentido na próxima semana, na oferta e nos preços.
Ainda assim, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural informou em nota que não há risco de desabastecimento da população. De acordo com a pasta, nenhuma das principais vias de escoamento da produção do Estado foi bloqueada.
Em relação à cultura de citros (laranjas, bergamotas, limões, entre outros) de cidades da Serra gaúcha, o prejuízo foi pequeno. O mesmo vale para a cultura do trigo, que começou a ser plantada agora no Estado. O motivo é a concentração geográfica das lavouras, mais à Oeste, pouco afetada pelas chuvas e ventos fortes decorrentes do fenômeno.
No Rio Grande do Sul, as regiões mais atingidas foram Litoral Norte, Serra, vales do Sinos, Paranhana e Caí, e Região Metropolitana.