A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de devastar produções em diversas regiões do Interior — levantamento divulgado nesta quinta-feira (22) pela Emater estima danos em mais de R$ 149 milhões no Estado, o ciclone agora impacta no bolso. Na Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), o preço das hortaliças saltou no último levantamento semanal. A maior variação foi na couve, que teve alta de 67% no valor do molho, chegando a R$ 1,67. Também registraram alta agrião, alface, brócolis, couve-flor, repolho-verde e espinafre.
No caso da couve, o gerente técnico da Ceasa, Claiton Colvelo, afirma que, no entanto, apenas metade do percentual foi efeito das chuvas e ventos fortes. A outra se deu pelo frio:
— A couve sofre pela temperatura muito baixa, pois aumenta o tempo para ficar pronta para ser colhida — explica.
Colvelo acrescenta que ainda pode haver efeitos na oferta:
— Nos próximos dias poderemos ter oscilações de preços, conforme a lei da oferta e da procura. Certo é que, em virtude das perdas, por um período teremos menores volumes disponíveis no mercado.
Além da produção em si, a Ceasa lembrou, em nota, que o ciclone também dificultou a colheita, a preparação e o transporte dos hortifrúti até a Centrais. A Secretaria do Desenvolvimento Rural reforça que não há risco de desabastecimento no Estado.
No Rio Grande do Sul, o ciclone afetou principalmente produções de hortifrúti, criações de bovinos e aviários.