A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Se depender do setor de flores, o Dia das Mães neste ano deve ser mais colorido. No país, a estimativa do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) é de que as vendas cresçam entre 6% e 7% nesta data, em comparação ao mesmo período do ano passado. Cenário que é parecido com o do Rio Grande do Sul. A Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori) projeta um aumento de 5% a 10% na comercialização das flores.
A principal razão do otimismo do mercado para esse dia, que é o principal período de vendas do produto no ano, com uma fatia de 14% a 18% do faturamento no país, é o novo momento.
— É a primeira vez que o setor vai estar bem preparado depois da pandemia. No ano passado, chegou a faltar flores porque as festas voltaram, e o setor não estava preparado — justifica o diretor do Ibraflor, Renato Opitz.
Presidente da Aflori, Walter Winge concorda e acrescenta outro fator que deve colaborar, no Estado, para as boas vendas: o tempo.
— A previsão do tempo é boa (para o final de semana do Dia das Mães), e isso era algo que estava nos preocupando. Com chuva, o cliente fica recolhido, não sai às compras — diz.
Na Centrais de Abastecimento do RS (Ceasa/RS), um dos principais pontos de venda e distribuição de flores no Estado, Bia Lemos, dona da empresa Giardiniere, também está otimista:
— As nossas expectativas são muito boas. Esperamos muita gente e estamos preparados.
Na empresa dela, as flores que têm mais saída no período de Dia das Mães, que também vem em primeiro lugar nas vendas no ano, são rosas, orquídeas, gérberas e kalanchoe (ou flor-da-fortuna).
Considerando todo o Rio Grande do Sul, a preferência não muda muito. A rosa segue com a primeira posição na categoria flores de corte, junto com as astromélias, que vêm na sequência. Na categoria flores de vasos, as begônias holandesas e as orquídeas são as líderes do mercado gaúcho. Ainda que parte dessas flores seja produzida no Estado, a grande maioria, cerca de 80%, vem de Holambra (SP).
Aliás, só em Holambra, município conhecido como a capital nacional das flores, a expectativa é de que as vendas cresçam 6% neste ano, de acordo com o Ibraflor.