Impactada de maneira diversa e em fases diferentes em meio à pandemia, a produção de flores recobra o ânimo para que 2021 tenha um cenário mais positivo. E ganha um “fertilizante ” extra com o Dia das Mães, comemorado no próximo final de semana. A data, de acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), representa 16% do faturamento do setor em todo o país.
No Rio Grande do Sul, a perspectiva também é promissora, afirma Walter Winge, presidente da Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori). Repetir o desempenho da data em 2020 é uma meta positiva, avalia.
Apesar de o ano ter sido difícil, com redução drástica de faturamento no segmento de flores de corte, como as rosas, o Dia das Mães foi de movimento intenso, com estoques sendo zerados e crescimento entre 30% e 40%. À época, a venda de flores foi uma das poucas atividades com autorização para funcionamento no período.
— Teremos mais concorrência neste ano. Por outro lado, as flores sempre estiveram presentes como sinal de alegria, conforto. As pessoas despertaram mais para esses produtos — diz Winge.
Opinião compartilhada por Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor. Flores de corte e outras plantas voltadas a ambientes internos estão com boas vendas. O cenário reflete tendência não só brasileira de “busca pelo verde”:
— Ficou muito evidente desde o ano passado, quando as pessoas que ficaram confinadas nas suas casas, apartamentos, e foram atrás de plantas para melhorar o ambiente onde estavam vivendo.
Tanto que o setor das flores de vaso fechou 2020 com leve alta, de 5%, apesar das restrições. Em contrapartida, o de corte teve recuo de 30%. E segue em busca de alternativas, já que a maior fonte de demanda, os eventos, seguem sem ocorrer.
*Colaborou Isadora Garcia