A vinda do ministro da Agricultura ao Estado para a abertura da Expodireto Cotrijal, na próxima segunda-feira, traz a possibilidade de uma conexão com Brasília. Será a primeira visita de Carlos Fávaro ao Estado na condição de titular da pasta – viria na comitiva que esteve em Hulha Negra, mas acabou não podendo estar presente. A previsão é de que ele se encontre com entidades e empresários do agronegócio antes da cerimônia, mas poderá ficar para outro momento.
— A expectativa é de ele vir, para ver o que nos dirá. É a oportunidade de ter um canal via Ministério da Agricultura — diz Nei César Mânica, presidente da Expodireto Cotrijal.
De forma geral, não se esperam grandes anúncios de medidas, mas sim, a chance de poder colocar a ele a situação dos produtores ligados a essa pasta (o setor é atendido por três ministérios diferentes) — a chamada agricultura empresarial. E que igualmente têm sido desafiados pelas condições climáticas do Estado.
Outro aspecto a ser abordado é o cobertor curto do crédito rural — no momento, há linhas do Plano Safra suspensas. Também deverá ser apresentado o projeto da indústria de máquinas do Estado para a criação de um Fundopem da irrigação, com o propósito de fazer o uso do sistema avançar.
Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS, Carlos Joel da Silva, observa que seria muito bom se Fávaro trouxesse medidas aguardadas — muitos produtores familiares não se enquadram no Pronaf e utilizam as linhas de crédito do Pronamp. Mas não tem grandes expectativas quanto a isso.
— Tivemos reuniões com Brasília e não estou esperançoso que traga coisas novas, a não ser o que está previsto no manual de crédito — completa Joel.
Entre as urgências da pauta já apresentada por entidades, a necessidade de prorrogação dos financiamentos ganha a preferência pela proximidade com os vencimentos.
Na feira, em Não-Me-Toque, a Emater apresentará um balanço atualizado da safra de verão do Estado. Promete um retrato do momento do tamanho das perdas causadas pela estiagem.