Mesmo com a esperada redução no apetite da China, 2023 promete continuar sendo de mesa farta para as exportações brasileiras de carne, aponta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Nos embarques de frango, a entidade projeta um crescimento de até 8,5% sobre o resultado deste ano, que deve fechar com recorde (veja acima). Nas vendas externas de carne suína, a alta prevista é de até 12%.
Perspectiva que é alimentada pela demanda crescente de novos mercados, como o árabe, e de outros recém-abertos, como o canadense e o mexicano. Nas aves, há ainda o fator influenza aviária. A doença está espalhada atualmente em mais de 40 países produtores, e o Brasil nunca teve casos, o que é uma vantagem. Ao mesmo tempo, pede que sejam redobrados os cuidados para que o vírus não entre no território brasileiro. E o Brasil está preparado, assegura Ricardo Santin, Presidente da ABPA.
Ele elenca outro fator que pode dar ainda mais competitividade ao produto brasileiro no mercado global:
– O custo de produção, principalmente de soja e milho (que compõem a ração de aves e suínos) e de energia deve continuar elevado no ano que vem. Mas será menor no Brasil do que em outros países grandes produtores (de proteína animal).
*Colaborou Carolina Pastl