Maior produtor nacional de arroz, o Rio Grande do Sul poderá ter nesta safra de verão um encolhimento de área ainda maior do que os 10% previstos no início do ciclo. A avaliação é da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS) e reflete o que tem sido visto no plantio.
Dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) indicam que 68% dos 852,5 mil hectares estimados para a cultura já foram semeados.
Região com a maior área do Estado, a Fronteira Oeste enfrenta problemas de falta de água, o que deve levar a uma redução do espaço das lavouras, observa Alexandre Velho, presidente da Federarroz-RS:
— Tem gente com a área pronta para plantar, mas falta água.
Praticamente 100% irrigada, a cultura precisa desse insumo em seu desenvolvimento. O problema é que tem chovido pouco, o que faz com que os reservatórios de água não estejam cheios. O ingrediente principal da redução de área, no entanto, é outro.
— É a data de rentabilidade e o alto custo, de produção e do dinheiro — explica Velho.
Ele projeta uma redução de área do arroz entre 12% e 13%. E um avanço ainda maior da soja em área de várzea.