Produtores e indústria de arroz manifestaram preocupação com a redução da tarifa de importação do produto de países de fora do Mercosul. Em nota, a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS) e o Sindicato da Indústria de Arroz de Pelotas (Sindapel) apresentaram as razões para o descontentamento com a medida tomada pela Camex.
A medida vale até o final de 2023, com o cereal com casca passando a ter taxa de 10% e o beneficiado, de 9,6%.
O argumento para a adoção é o de baratear itens importados, com o intuito de beneficiar indústrias que usam o insumo e consumidores. As entidades pontuam que o arroz "não vem se revelando produto apto a contribuir com o aumento do processo inflacionário" — pelo contrário, vem sofrendo deflação.
Por outro lado, tem o "condão de desestimular a cadeia produtiva do arroz do Estado". Advertem, ainda, que no médio prazo tem o potencial de aumentar o custo ao consumidor, pela redução da "oferta nacional e a dependência de importação do cereal para abastecimento interno".
— É difícil entender a medida, porque o arroz teve deflação. E ela traz um risco (ao setor). Além disso, chegaria aqui mais caro do que o do mercado interno — explica Alexandre Velho, presidente da Federarroz-RS.