Além de compartilhar do tradicional churrasco nos pampas, os hermanos dividem outra semelhança com os gaúchos, mais recente: a produção de azeite de oliva. E foi pensando nessa ligação e em como pode acrescentar ao setor, que, pela primeira vez, o 5º Encontro Estadual de Olivicultura, marcado para quinta (17) e sexta-feira (18), terá a participação do Uruguai.
Representando os castelhanos, quem participa é a Associação de Olivicultores do Uruguai, a Assolur. E as expectativas são as melhores possíveis:
— O Uruguai pode trazer experiência para a olivicultura gaúcha, pela atividade lá ser mais antiga. Tanto que, no início da produção, o Rio Grande do Sul usou mudas de variedades europeias, mas adaptadas de lá, para plantar, pela semelhança de clima — explica o presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes.
Para o coordenador do programa Pró-Oliva, da Secretaria da Agricultura, Paulo Lipp, será um intercâmbio que vai além de compartilhar experiências:
— Eles têm muito a nos passar sobre técnicas de manejo do olival, comportamento das variedades e controle de pragas e doenças.
Isso porque o Uruguai começou o plantio de olivais cerca de cinco anos antes do Rio Grande do Sul. Hoje, as áreas plantadas do país e do Estado brasileiro se assemelham, em cerca de seis mil hectares, segundo Lipp. A produção, no entanto, dobra para os uruguaios, em função da maturidade dos pomares.
Além do Uruguai, também foi convidada para participar do encontro, pela primeira vez, a região do Sudeste. Apesar das diferenças geográficas, a Serra da Mantiqueira, nas partes de Minas Gerais e São Paulo, também é um local produtor e pode trazer ensinamentos ao Estado, na avaliação do evento.
A realização é da Secretaria da Agricultura, Emater e Ibraoliva.
*Colaborou Carolina Pastl