Para a Quinta da Estância e a sua agroindústria de azeite de oliva, a Estância das Oliveiras, 2023 deve começar mais verde. E já no mês de janeiro, quando a usina de energia solar e eólica da maior fazenda de turismo rural pedagógica do país, localizada em Viamão, começa a funcionar. Na prática, o empreendimento dará um “fim” na conta de luz: tornará o negócio autossuficiente em energia renovável.
A iniciativa será viabilizada por meio de contrato com a EPCOR Energia, WEG e Sicredi União Metropolitana RS, que será assinado na quinta-feira (10).
Além de gerar 20,3 mil kWh por mês por meio de 359 placas solares e infraestrutura eólica, o investimento, como tudo na fazenda, também funcionará como mais um ponto de visitação pedagógica. É por isso também que a usina será instalada no pátio, e não em um telhado, para que todos possam vê-la.
— As crianças já irão crescer com conceitos sustentáveis e sabendo como podem fazer parte da transformação de um planeta melhor para se viver, com mais qualidade de vida e ambiental — acredita Rafael Goelzer, diretor de ambas empresas.
Ele se refere aos colégios, um dos públicos de visitação da fazenda, que tem 125 hectares, 5,3 mil oliveiras plantadas e um lagar que produz 4,1 mil litros de azeite de oliva ultra premium. Os demais visitantes são famílias e empresas.
Este é apenas mais um passo sustentável da empresa, diz Goelzer. Desde 2007, o local neutraliza suas emissões de carbono. Para isso, contratou uma empresa que calcula desde quantos metros cúbicos de madeira foram utilizados para assar uma cuca aos visitantes até o quanto de combustível o trator de passeios utilizou. E faz a compensação, plantando mata nativa, por exemplo.
Hoje, mesmo parando de plantar árvores, a empresa já estaria neutralizando carbono que gera até 2042. E, com o novo projeto de energia solar e eólica, o prazo vai se estender para 2047.
— O ESG (sigla em inglês que significa governança ambiental, social e corporativa) de uma empresa não pode ser uma linha de chegada, mas um trajeto que tem que ser seguido — defende Goelzer.
*Colaborou Carolina Pastl