A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Enquanto as culturas de inverno já vão sendo plantadas, os produtores ainda aguardam a concretização do Plano Safra 2022/2023, depois de um ciclo de verão frustrado que deixou muitos agricultores no prejuízo. A expectativa é de que os recursos sejam anunciados na próxima quarta-feira (29). A provável data foi informada pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza (MDB-PR), que participa das negociações.
Os volumes de crédito que serão aportados e as taxas de juros que serão utilizadas nas linhas do programa, no entanto, ainda estão em tratativas e seguem incertas. O Ministério da Agricultura chegou a solicitar orçamento no valor de R$ 330 bilhões, montante 31% superior ao do plano anterior. A cifra, porém, depende de aval do Ministério da Economia.
Dentre as demandas de quem aguarda pelo recurso, está uma taxa de juro com menos de dois dígitos, ou seja, abaixo da Selic, que foi elevada para 13,25% ao ano na semana passada. Além do crédito caro, pesam no bolso dos produtores os custos de produção, que subiram expressivamente. O custeio, conforme monitoramento da Farsul, encareceu quase 50% nos últimos 12 meses.
O anúncio oficial do programa corre contra o tempo, já que o início da vigência do plano está marcado para 1º de julho, data que marca o início do novo ano-safra.