As apostas em uma expansão de área, que vêm forte para a cultura do trigo na safra de inverno, já começam a se desenhar também para a canola. Já em semeadura no Rio Grande do Sul, a cultura deve ganhar um impulso de dois dígitos neste ciclo. O espaço dedicado a ao plantio deve crescer entre 40% e 45% sobre o ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Canola (Abrascanola). Perspectiva que reflete a combinação de fatores conjunturais e estruturais.
— Essa é a projeção de crescimento no Estado, e buscamos, nos próximos ano, continuar nessa batida, em função do mercado de óleo comestível e o de biocombustível — observa Vantuir Scarantti, presidente da entidade.
Ele cita questões como o zoneamento climático da cultura, o incentivo das empresas à implantação da cultura, o custo menor e a boa cotação como razões para esse avanço de área. O valor é relacionado ao da soja, variando entre 90% e 100% do preço do grão de verão.
Gerente da regional de Santa Rosa da Emater, José Vanderlei Waschburger acrescenta a evolução da pesquisa em materiais, variedade e manejo:
— A tecnologia evoluiu bastante para a cultura.
No ano passado, dos 35 mil hectares semeados com canola no Estado, 18 mil estavam nessa região, que contempla municípios das Missões e do entorno de Santa Rosa. Segundo Waschburger, o plantio deve chegar nesta semana a 40% da área estimada, também maior do que a da safra passada. A presença da indústria na região é apontada como um indutor da participação na produção gaúcha da cultura.