Cultura que produz belas imagens nos campos de inverno do Rio Grande do Sul, a canola terá espaço menor na atual safra. Tanto Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) quanto Emater projetam redução de área, de 1,1% e 2,4%, respectivamente, somando entre 34,4 mil e 32,8 mil hectares.
Para o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, um dos fatores que impede o avanço do cultivo em solo gaúcho é o baixo rendimento em comparação a outras culturas de inverno. No ano passado, por exemplo, foram produzidas, em média, 23 sacas por hectare. A expectativa, para essa safra, é de 21 sacas.
Neste ano, outro motivo deve impactar a área a ser cultivada. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Canola, Vantuir Scarantti, o excesso de chuva em maio, época de plantio, também deve levar à redução:
— A situação climática impediu manutenção e até aumento de área no Estado.
O dirigente acrescenta que a cultura da canola precisa de incentivos para que a produção seja ampliada e atenda à demanda. Quando isso ocorrer, será possível buscar outros mercados, como o de biocombustível e exportações para o mercado europeu.
Na lista de estímulos estariam itens como a isenção de impostos e o fomento da atividade industrial.
Colaborou Leticia Szczesny