A Polícia Civil prendeu em flagrante na manhã desta sexta-feira (10) duas pessoas apontadas como donos de uma rede de farmácias em São Leopoldo, no Vale do Sinos, suspeitos de comercializarem produtos atingidos pela enchente de maio de 2024 e que não foram descartados.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em um depósito da rede na cidade, onde toneladas de medicamentos e cosméticos vencidos e contaminados foram encontrados, conforme a polícia. Os presos responderão por crimes contra a saúde pública e contra os consumidores.
A reportagem de Zero Hora apurou que se trata de rede de farmácias Capilé, mas não localizou a defesa dos proprietários do comércio. O espaço está aberto para manifestações.
Segundo a delegada Cristiane Becker, parte dos produtos estava sendo lavada para ser revendida em lojas da rede farmacêutica. O local foi interditado pela Vigilância Sanitária de São Leopoldo após o recebimento de denúncias feitas por moradores.
Para realizar a ação, o órgão de saúde acionou a Polícia Civil que, por meio da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), deflagrou a operação desta sexta.
Conforme a delegada, os remédios expostos à enchente não são seguros para consumo humano e podem causar sérios problemas de saúde. A investigação agora tenta dimensionar os danos causados pelo esquema de reaproveitamento dos produtos contaminados.