A tarefa de fiscalização da produção vegetal do Estado acaba de ganhar um reforço tecnológico. Neste mês, servidores da Secretaria da Agricultura usaram pela primeira vez um drone para fazer a inspeção em pomares de citros. Nesse primeiro voo, foram 30, nos municípios de Constantina, Liberato Salzano e Iraí, no Norte. Com a ajuda do olhar “biônico”, o objetivo é monitorar doenças comuns a essas plantas como o cancro cítrico, o greening e a mosca negra dos citros.
E o alcance da nova ferramenta não se restringe a isso. De acordo com a engenheira agrônoma Rita Antochevis, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura, o equipamento serve também para controle da deriva de agrotóxicos:
— O drone nos fornece uma imagem panorâmica da área a ser inspecionada. Nela, podemos ver como está a cultura, se há algum ponto em que a cor ou a forma está destoando do resto. Coisa que, ao caminhar, muitas vezes não percebemos.
Depois da visualização, os técnicos coletam amostras para fazer o levantamento fitossanitário – documento importante para garantir e manter uma certificação que possibilita que a comercialização do produto para outros Estados e países.
Atualmente, a secretaria conta com sete drones para fiscalização agropecuária. Na defesa animal, são seis. Vêm sendo utilizados desde dezembro do ano passado em ações do Programa Sentinela, na faixa de fronteira, e Guaritas, na divisa entre RS e SC.
— Essa tecnologia torna mais dinâmica a contagem e identificação dos animais em uma propriedade e a fiscalização em trânsito, em locais de passagem — destaca Francisco Lopes, coordenador do Sentinela.
Até agora, 14 servidores da área vegetal e 15 da animal receberam treinamento para manusear a nova tecnologia.
*Colaborou Carolina Pastl