A qualidade da carne brasileira está, literalmente, em cartaz na capital russa durante este mês e reforça a visibilidade em meio à missão do presidente Jair Bolsonaro em Moscou. A ação, coordenada pela Associação Brasileira de Proteína Animal e pela Apex-Brasil, espalhou por 69 pontos de Moscou peças de campanha para promover frango e suíno "made in Brazil". A iniciativa segue até o final de fevereiro e pegou, estrategicamente, a Prodexpo, feira de alimentação encerrada na última sexta, e a passagem da comitiva oficial.
– São duas coisas bem importantes na missão: garantia do abastecimento de fertilizante e consolidação do mercado de aves – disse Ricardo Santin, presidente da ABPA, que está em Moscou.
No ano passado, os russos figuraram entre os 10 principais destinos do frango brasileiro, com quase 106 mil toneladas do produto. O volume é 26,2% maior do que o adquirido no ano anterior. Na carne suína, a perspectiva também é de abertura de mais espaço. Em um passado recente, a Rússia já foi o principal destino dessa proteína brasileira — chegou a comprar 405 mil toneladas, em 2005 — posição hoje ocupada pelos chineses. Depois, apostou na produção interna e tirou o pé do acelerador. Diante de necessidade de importar para atender à demanda interna aquecida, sinalizou com uma cota de cem mil toneladas para fornecedores externos.
—A Rússia sempre foi importante. Agora, com essa possibilidade cotas, deve beneficiar o Brasil, porque Estados Unidos e Europa estão com embargo — pontua Santin.