Nova rodada de treinamentos será realizada, a partir desta semana, com foco em informações sobre a peste suína africana. A doença que ficou conhecida por conta do surto registrado na China, pede alerta máximo e prevenção reforçada depois da confirmação de um caso no continente americano, após mais de três décadas sem registros.
A preocupação é proporcional ao estrago que o vírus pode causar em eventual entrada no território nacional. Para os três Estados do Sul, que são referência na produção e na exportação da proteína, os riscos são ainda maiores. O Rio Grande do Sul embarcou, só no mês de julho, mais de cem mil toneladas da proteína.
— Um único caso seria uma catástrofe — alerta Rogério Kerber, presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
O país tem ações estabelecidas dentro do Plano Nacional de Sanidade Suídea. O que se faz no momento é reforçá-las.
Reunião marcada para esta segunda-feira (16), com integrantes do serviço sanitário oficial (Ministério e Secretaria da Agricultura) e do conselho técnico operacional do Fundesa, tem como objetivo fazer um planejamento para que as capacitações alcancem todo o setor produtivo, envolvendo produtores integrados ou não. A tendência é de que sejam eventos virtuais, por regiões. Amanhã, médicos veterinários habilitados e técnicos das indústrias serão treinados.
– Trabalhamos com a ideia de que esse é um assunto que não se esgota neste ano – diz Kerber.
A peste suína também foi assunto da reunião, na última semana, entre a ministra da Tereza Cristina e a secretária estadual Silvana Covatti.