Segundo maior comprador de frango do Brasil, a Arábia Saudita anunciou nesta quinta-feira (6) a suspensão de 11 frigoríficos brasileiros de aves habilitados à exportação. A decisão, segundo comunicado conjunto dos ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, veio sem que houvesse “contato prévio” nem a apresentação “de motivações ou justificativas”, sendo recebida pelo governo com “surpresa e consternação”.
Reiterando “os elevados padrões de qualidade e sanidade” seguidos pelas empresas brasileiras e manifestando confiança no atendimento dos requisitos exigidos, os ministérios informam já ter iniciado o contato com autoridades sauditas para tratar da questão.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reiterou os fatos apresentados pelos órgãos federais na busca por explicações sobre as suspensões e trabalha para o restabelecimento das habilitações no menor prazo possível, informou em posicionamento. Reforçou ainda o compromisso na parceria estratégica com o povo saudita, "apoiando no suprimento da oferta de alimentos deste que é um dos mais longevos mercados importadores do produto brasileiro".
Ainda não há informações sobre a existência de plantas localizadas no Rio Grande do Sul nessa lista de embargos. Os sauditas responderam no primeiro trimestre deste ano por 12% de todo o volume de carne de frango vendida pelo Brasil e por 13,5% da receita. Até 2018, era o maior cliente brasileiro. Foi ultrapassada, no ano seguinte, pela China, que ampliou a demanda externa após o surgimento da peste suína africana em seu território.