A um mês da virada de chave do atual para o próximo Plano Safra, o pacote ainda está na dependência da recomposição do orçamento da União, a ser votada pelo Congresso. A sessão marcada para esta terça-feira (31) reacende a expectativa de que, dessa vez, a votação saia. Só a aprovação poderá resgatar o recurso cortado na versão anteriormente aprovada. Que só no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi de R$ 1,35 bilhão na versão anteriormente endossada.
Se a previsão se confirmar, acrescentando R$ 3,7 bilhões conforme o texto da proposta a ser analisado, será necessário correr contra o relógio para garantir o anúncio do pacote para o ciclo 2021/2022 até a metade de junho, na mais otimista das versões. Uma vez endossado o projeto, há trâmites burocráticos a serem cumpridos. E a necessidade de reunião extra do Conselho Monetário Nacional (CMN), já que a agenda de maio foi na última quinta-feira e a de junho, está marcada para dia 24. As condições de juro, bem como de montante a ser disponibilizado para os financiamentos rurais no próximo ciclo dependem da autorização do órgão.
A demora na definição atrapalha o planejamento, sobretudo dos agricultores familiares, para quem as políticas públicas são uma ferramenta imprescindível ao fomento da atividade produtiva.