É com a proposta de manter a agilidade e alcance do meio em que surgiu que o recém-criado Instituto de Desenvolvimento Pecuário (IDPec) dá os primeiros passos no Estado. Produtor em São Gabriel, na Fronteira Oeste, e presidente do Conselho de Administração, Ricardo Giuliani sintetiza o objetivo: "informação de qualidade e instantânea". Em conversa com a coluna, explica como surgiu e dá detalhes do funcionamento da entidade.
Inspiração virtual
A inspiração para a entidade vem do meio virtual. Depois de criar, em 2018, um grupo em uma rede social para se informar e negociar a comercialização de bovinos, Giuliani viu o número de interessados crescer. Tanto que foi preciso adotar um cadastro para análise antes de entrada de novos membros. Hoje, são 1,8 mil participantes em sete grupos.
O passo seguinte
Foi de um grupo "menor", de 220 produtores que partiu a ideia de criar o instituto — para que as demandas debatidas passassem a ser formalizadas. Com o lema “Desenvolve pecuária!”, as decisões no IDPec serão tomadas de forma colegiada, e os objetivos vão sendo formulados conforme as necessidades forem surgindo no grupo.
Mercado
Giuliani entende que o momento atual está "muito positivo para todo o setor". Por isso, ressalta a necessidade de um trabalho em parceria de todos os atores do segmento.
Ele observa que o cenário de alta no dólar e na demanda, principalmente, de países asiáticos se soma à menor oferta em território nacional.
— Enxergamos que, entre 2021 e 2022, nós teremos uma estabilidade nessa alta.
Giuliani ressalva que o maior preço pago aos pecuaristas não significa necessariamente uma maior rentabilidade ao produtor, já que o valor dos insumos também subiu.
*Colaborou Isadora Garcia