A exigência para que as empresas busquem fornecedores com produção comprovadamente sustentável é um dos fatores que ajudam a explicar os resultados positivos obtidos pela Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS) em 2020.
A plataforma global computou aumento de 20%, em relação a 2019, no volume do grão certificado negociado — com 4,75 milhões de toneladas.
Esse crescimento também encontra explicação no compromisso de compra anteriormente firmado por empresas e o aumento da quantidade comprada.
— Acreditamos que deve continuar esse crescimento — afirma Cid Sanches, consultor externo da RTRS no Brasil.
No mundo todo, a área com certificação somou 1,26 milhões de hectares, com 4,4 milhões de toneladas de soja sustentável produzidas na América Latina e na Ásia. Além do produtor, o selo pode ser concedido a indústrias.
O número de locais certificados no ano passado mais do que dobrou. Foram 68 unidades de armazenamento, 21 usinas de processamento, 19 portos, uma unidade de transferência e seis escritórios comerciais em oito países (Argentina, Brasil, Índia, França, Alemanha, Paraguai, Países Baixos e Uruguai).
A principal demanda de compra por soja com o selo ainda é de empresas da Europa. Mas Sanchez lembra que o mercado é recente e há espaço para ganhar naquele e em outros continentes.
Para o Brasil há uma notícia promissora: 80% do volume certificado no mundo, que aliás cresceu 10% em 2020, advém de agricultores brasileiros.