Amostras de gafanhotos que foram coletadas em municípios do noroeste do Estado são analisadas pelo Laboratório de Manejo Integrado de Pragas (LabMIB) da Universidade Federal de Santa Maria. O objetivo é identificar, com precisão, de qual espécie trata-se. Informações preliminares indicam que possa ser uma infestação local, sem relação com os registros recentes na Argentina ou com as nuvens da espécie migratória sul-americana, detectadas em junho.
— Estamos com as equipes a campo. Em princípio, se confirma que são nativas, com pouco potencial de dano — diz Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura.
Outros relatos recebidos também estão sendo verificados. Felicetti explica que "o clima (tempo quente e seco) é muito favorável ao aparecimento desses insetos, não necessariamente atacando lavouras".
Os casos no noroeste do Estado, no limite entre Santo Augusto e São Valério do Sul, foram reportados pelos produtores a Luiz Carlos Pommer, técnico agrícola do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Augusto, e a inspetoria de defesa agropecuária foi acionada.
– Estavam comendo os pés de timbó (espécie de planta), daí começaram a migrar para lavouras de soja. A preocupação é grande porque é muito, muito inseto – conta Pommer.
Com tamanhos entre dois e seis centímetros, têm coloração verde, descreve o técnico. A Secretaria da Agricultura mantém três equipes em diligência, duas na Fronteira e uma na Região Noroeste. E avalia quais as medidas a serem adotadas em caso de necessidade.