Monitoramento feito por técnicos brasileiros e argentinos indica que nesta quarta-feira (24) a nuvem de gafanhotos registrada no país vizinho começou a se deslocar no sentido norte-sul, na rota do Uruguai, em razão do vento. Como a previsão é de virada no tempo, com chuva e queda de temperatura, a expectativa se volta para como deve ficar o comportamento depois disso. Uma das medidas preparadas pelo Ministério da Agricultura é a do estado de emergência fitossanitária. A condição foi decretado em alguns Estados do Brasil em 2014, quando outro problema, a lagarta Helicoverpa armigera destruiu plantações no país.
Essa condição permite a adoção de ações de forma mais rápida, com plano que inclui formas de controle, atuação e produto a ser usado, explica Jaro Carbonari, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul:
— Está praticamente pronta, e agora só vamos ficar de olho na nuvem. Se necessário, imediatamente o ministério publica a portaria.
Vale ressaltar que essa iniciativa só será utilizada se necessária. Há grande chance de dissipação da nuvem por conta das condições climáticas do Estado, que também deverá ter chuva e recuo das temperaturas. De toda forma, equipes do ministério e da Secretaria da Agricultura estão alertas nas áreas de fronteira com Argentina e Uruguai — onde inclusive há unidades do órgão federal.
— Todo esse pessoal está mobilizado — assegura Carbonari.
O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) se colocou à disposição para auxiliar no controle da praga, se necessário. A frota gaúcha é de 426 aeronaves.
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