A partir desta segunda-feira (26), o porto de Rio Grande tem, oficialmente, um novo calado, com direito a cerimônia para homologação com participação prevista do governador Eduardo Leite e do Ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. As novas medidas permitirão ampliar em 10% a capacidade de embarques. Projeta-se ainda que o novo potencial tenha efeitos positivos também para o bolso do produtor.
É porque, ao viabilizar a entrada de embarcações maiores e carregamentos de volumes superiores, tende a reduzir o custo do importador.
– Quando o frete ficar mais barato, isso se repassa ao agricultor. A soja gaúcha ficará mais atrativa. Com uma logística ruim, quem perde somos nós, os produtores, porque o comprador coloca no custo – destaca Caio Vianna, presidente da CCGL, cooperativa que opera os terminais Termasa e Tergrasa.
Para se chegar ao novo calado foi preciso realizar a limpeza do canal de passagem, que passa a ter profundidades maiores (16m50cm na parte interna e 18m na externa).
A obra era aguardada desde 2015, quando foi assinado contrato. Para sair do papel, o projeto precisou ser ajustado, sendo excluídas algumas áreas e mantida a chamada dragagem de manutenção. Os trabalhos começaram no final de 2018 e terminaram no início deste. Foram cerca de R$ 500 milhões em recursos do governo federal para a execução.
– O novo calado abre a possibilidade de crescer. Estamos preparando o porto para curva histórica crescente de produtividade e de exportação. Vamos estar bem posicionados para a possibilidade de crescimento – afirma o superintendente Fernando Estima.
Os 15m do novo calado colocam o porto de Rio Grande entre os três maiores do país.
Dentro da proposta logística pensada para o terminal gaúcho duas outras ações devem ser realizadas ainda em 2020. Uma é a renovação, antecipada, já que vence em 2022, do convênio de delegação. A outra, a apresentação de projeto de lei do Executivo para transformar a autarquia em empresa pública.