Quando os participantes do Freio de Ouro entrarem em pista para a grande final da competição, neste domingo (27), além das características da raça e das habilidades funcionais, ficam em evidência os nomes dos aspirantes ao título. A escolha envolve um quesito obrigatório e outro pessoal, explica Frederico Vieira Araújo, superintendente de registro genealógico da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), entidade organizadora da disputa.
Araújo explica que a regra principal é a obrigatoriedade do afixo, indicativo da propriedade de criação do animal, podendo estar na forma de prefixo ou sufixo.
– O nome próprio é de total escolha do criador. Controlamos apenas que não seja ofensivo – completa o superintendente.
Há dois tipos de registro: o provisório, feito quando o animal nasce, e o definitivo, a partir dos dois anos de idade, que é necessário para a participação em competições e para fins de reprodução. Em ambos, técnicos da ABCCC fazem uma inspeção.
E como os campeões deste ano só saem no domingo, também consultamos os criadores dos campeões de 2019. Primeiro lugar entre os machos na disputa da última Expointer, sob o comando do ginete Fernando Andrighetti, Santa Alice Nublado II (foto) traz no prefixo o nome do criatório, a Estância Santa Alice, de Rosário do Sul. Já Nublado foi escolhido em razão de uma característica do garanhão: o olho salgo (claro), explica o proprietário Marcelo Marçal. O número II deve-se ao fato de já ter havido no plantel outro exemplar do nome.
Muitas cabanhas também usam diferentes letras do alfabeto como inicial para indicar diferentes gerações da mesma propriedade. Campana Vicuña, a fêmea que chegou ao primeiro lugar do pódio, conduzida por Fábio Teixeira da Silveira, leva o prefixo do criatório, Campana, de Bagé. Pela proximidade com Fronteira, explica o proprietário Mário Moglia Suñé, também gostam de usar nomes em espanhol, como neste caso.