O jornalista Fernando Soares colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Em assembleia realizada nesta segunda-feira (13) pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi), servidores da Emater aprovaram com ressalvas a proposta de acordo coletivo oferecida pelo governo do Estado. A decisão foi tomada por 595 trabalhadores, totalizando 93% dos votos.
Ainda que alguns pontos defendidos pelo sindicato, como a manutenção da licença maternidade em seis meses, tenham sido contemplados, a diretora do Semapi, Cecília Bernardi, lamenta a retirada dos anuênios e decênios no plano de cargos e salários. A manutenção era uma das principais pautas defendidas pela categoria, que havia concordado com o congelamento dos benefícios por dois anos diante da crise do coronavírus.
-Fomos praticamente obrigados a aceitar a proposta, mas estamos registrando em ata que não concordamos com a retirada desse item. Nos ameaçaram com a perda do resto do acordo – argumenta Cecília.
Diante deste cenário, o Semapi defendeu a aprovação com ressalvas para que posteriormente os trabalhadores possam ajuizar ação contra a alteração, que teria de passar por uma comissão paritária. Outro ponto de questionamento é a retirada da multa por atraso no pagamento dos salários.
O presidente da Emater, Geraldo Sandri, salienta que a retirada de anuênios e decênios é uma diretriz do governo adotada com outras fundações.
- Foi uma decisão do GAE (Grupo de Assessoramento Especial, ligado à Secretaria da Fazenda). A diretoria concedeu os pedidos, com algumas exceções. Entendo que o funcionalismo foi valorizado – diz.
Sandri enfatiza que os pagamentos dos benefícios não serão suspensos sem passar pelos devidos processos legais.