A Emater deve receber hoje a contraproposta feita por servidores para a negociação da data-base. Algumas das condições apresentadas pelo Estado preocupavam os trabalhadores e pautaram os debates de assembleia-geral realizada ontem pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul (Semapi). O novo texto será avaliado e a resposta, encaminhada até amanhã.
A pressa tem relação com o vencimento do acordo vigente, na quarta-feira da próxima semana, dia 15. Um dos pontos que os trabalhadores não abrem mão é a possibilidade da licença-maternidade ser estendida para seis meses, como é hoje. O texto mais recente apresentado no processo de negociação previa redução para quatro meses. Também na lista do documento dos trabalhadores está a manutenção da multa por atraso no pagamento de salários, como é nas demais fundações, e da imunidade aos representantes de sindicatos.
O item de maior estima é, ressalta Cecília Bernardi, diretora do Semapi, o que se refere ao plano de cargos, com benefícios de anuênios e decênios, acumulados por tempo de serviço – e que seriam retirados:
– Propomos que sejam congelados por dois anos, em razão das perdas temporárias causadas pela covid-19.
Presidente da Emater, Geraldo Sandri enfatiza que a condução das negociações, por parte do Estado, é feita via Grupo de Assessoramento. Especial (GAE) ligado à Secretaria da Fazenda.
– São alguns pontos, tentaremos ajustar – diz o dirigente em relação às sugestões encaminhadas, ressaltando que o corte de gastos se faz necessária face à redução no orçamento.
O convênio com o governo do Estado é hoje a principal fonte de recursos da instituição que presta assistência técnica e extensão rural a mais de 220 mil famílias no Estado. O termo de colaboração para o repasse de R$ 90 milhões se encerrou no último dia 30 de junho.
A Emater somava 2,1 mil funcionários. Número que reduzirá com as 290 adesões ao programa de desligamento incentivado. Segundo a direção, a iniciativa vai gerar economia de até R$ 42 milhões ao ano. A folha consome 83% do orçamento anual, estimado em R$ 229 milhões em 2020.
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