O Rio Grande do Sul permanece a muitos milímetros de distância da retomada da normalidade, após uma estiagem prolongada que cobrará um preço alto. É necessário que, além da quantidade, as precipitações tenham boa distribuição e regularidade para reverter o quadro de estresse hídrico que se encravou em solo gaúcho. Mas as gotas que caíram no Estado têm um efeito positivo imediato. Elas reidrataram as esperanças dos produtores de que, talvez, o ano não esteja perdido para a produção.
Porque se na safra de verão já não é mais possível reverter prejuízos, outras atividades ainda dependem da umidade para ter um bom resultado. Estão nessa lista as lavouras de inverno e a produção de carne e de leite. Na pecuária, o tempo seco prejudicou pastagens de inverno e também campo nativo fonte de alimento dos animais.
As precipitações regulares se tornam fundamentais para a melhora desse quadro. E também para garantir a condição ideal de plantio das culturas do frio – a partir de agora, o ritmo de semeadura se acelera no Estado.
E a safra de inverno pode ser uma oportunidade de o agricultor tentar garantir renda, depois das perdas de verão.
Há perspectivas promissoras, com previsão de tempo e mercado favoráveis, em uma combinação como há anos não se via para o trigo. Levantamento da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro) apontou a melhor relação de custos e preços para o cereal em duas décadas. São razões que mantêm a chuva como ingrediente fundamental.
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