Foi a bordo de unidade móvel que auditores fiscais federais agropecuários realizaram ação de fiscalização de azeites de oliva extravirgem em oito capitais brasileiras. O projeto-piloto iniciou em novembro e foi concluído pouco antes do Natal, justamente porque no período de final de ano o produto costuma estar em alta.
Chefe do serviço de inspeção vegetal da Superintendência Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul, Helena Pan Rugeri explica que a unidade móvel foi viabilizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Estado. O ponto de partida foi Porto Alegre, mas a equipe percorreu ainda Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Goiás. A parada era feita em centros de distribuição e supermercados.
— Localizávamos o produto, fazíamos a coleta, analisávamos na unidade móvel e, em caso de não conformidade, emitíamos laudo e entregávamos o documento — explica Helena.
O foco era na identidade do produto, ou seja, se o azeite era de fato extravirgem ou se tinha outros óleos misturados. Das 187 análises feitas, apenas em seis amostras havia inconformidades.
Antes do início da operação, foi feita análise de risco, que apontou como maior problema fraudes relacionadas ao azeite importado a granel e envasado no Brasil.
— Com essa ferramenta da unidade móvel, você consegue fazer ação rápida e retirar do mercado um produto com fraude — completa a chefe do serviço de inspeção vegetal.
O percentual pequeno de amostras com problemas reflete, segundo Helena, trabalho intenso de fiscalização que vem sendo feito desde 2017, por meio da Operação Isis. Naquele ano, de 278 amostras, 160 foram desclassificadas. Informações sobre marcas com problemas são divulgadas no site do Ministério da Agricultura.
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