Duas semanas após o Ministério da Agricultura ter suspendido a comercialização de 33 marcas de azeite de oliva no país, o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) alerta os consumidores sobre os cuidados na hora da compra do produto. Para evitar levar para casa gato por lebre, é preciso primeiro ficar atento às características indicadas na embalagem.
No rótulo, é possível identificar, por exemplo, a quantidade de peróxidos totais, que serve como indicativo do nível de oxidação durante processamento e envase. O índice deve ser menor ou igual a 20 para ser considerado azeite extravirgem, explica o presidente da entidade, Paulo Marchioretto:
— O ideal é que seja mais próximo de zero, pois quer dizer que o produto é mais jovem.
Na embalagem, ainda é possível analisar o nível de acidez, que deve ser menor do que 0,8%, e a data do envase. É preciso observar se há adição de outros óleos como o de canola, soja ou girassol. Quando algum produto é incorporado ao suco de azeitonas, segundo Marchioretto, o azeite deixa de ser extravirgem, por isso a informação no rótulo é obrigatória por lei. Nos itens suspensos pelo ministério foi identificada mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida.
Após a compra, o consumidor pode ainda fazer análise sensorial. O aroma deve lembrar frescor. Se o odor, por exemplo, for rançoso ou metalizado, o azeite não é extravirgem.
Colaborou Leticia Szczesny
Atenção: em breve, você só poderá acessar o site e o aplicativo GaúchaZH usando o seu e-mail cadastrado ou via Facebook. O nome de usuário não estará mais disponível. Acesse gauchazh.com/acesso e saiba mais.