Variadas, com intensidades diferentes e distribuição irregular. Esse é o retrato, até o momento, das perdas provocadas pela estiagem no desenho apresentado pela Emater a partir de levantamento feito com os 12 escritórios regionais do Estado. Entre as lavouras, os maiores impactos aparecem no milho.
A região de Ijuí soma o maior percentual de prejuízo. Com 79,36 mil hectares cultivados do grão, deverá ter redução de 32% da produtividade estimada no início do ciclo, de 9.952 quilos por hectare. Nas áreas de Caxias do Sul e Porto Alegre, o percentual de diminuição chega a 30%. O impacto negativo não é uniforme, justamente uma das características da estiagem registrada neste verão. Lavouras de milho para silagem também acumulam danos significativos.
— As perdas são regionais, pontuais e de grande dimensão nesses locais. Há distribuição irregular de prejuízos — avalia Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater.
Sistema para acompanhamento semanal das perdas foi estruturado pela instituição, com comitê em cada regional fazendo levantamento dos dados, posteriormente enviados e compilados na sede. As equipes técnicas direcionarão esforços para atender os municípios onde vêm sendo registrados os maiores problemas.
As perdas são regionais, pontuais e de grande dimensão nesses locais. Há distribuição irregular de prejuízos.
ALENCAR RUGERI
Diretor técnico da Emater
A continuidade das condições desfavoráveis preocupa também na soja, carro-chefe da produção gaúcha. Na apuração da Emater, a regional de Soledade estima queda de 20% na produtividade, de 3.361 quilos por hectare.
A dimensão estadual da falta de chuva só deve ser conhecida de forma precisa ao término do ciclo, e esse mapa ainda deve sofrer alterações. O cenário atual indica, no entanto, que a projeção de nova safra recorde de grãos no Rio Grande do Sul tende a não se concretizar.
O Ministério da Agricultura deve enviar técnicos para monitorar de perto as condições das lavouras afetadas.
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