Levantamento feito com grupo de 22 cooperativas, a maioria das regiões Norte e Noroeste dá amostra do que poderá ser o efeito da combinação de calor e tempo seco sobre dois dos principais produtos de verão: soja e milho. Sob coordenação da CCGL e com apoio da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), a pesquisa apontou estimativa de perda de 33% no milho e de 13% nas de soja — com base em média aritmética.
— No milho, são perdas mais consolidadas. A cultura está em fase final — afirma Geomar Mateus Corassa, gerente de pesquisa e tecnologia da CCGL e coordenador da Rede Técnica Cooperativa (RTC).
Lavouras precoces tiveram produtividade satisfatória. Mas as que estavam floração em dezembro sofreram com a falta de chuva. Nessa etapa, a umidade é essencial.
— A situação preocupa, porque estamos falando de menor rentabilidade nas propriedades em um Estado essencialmente agrícola — alerta Corassa.
Na soja, ainda há possibilidade de recuperação. A persistência do tempo seco, no entanto, poderá comprometer resultados.
— Nos últimos seis anos, a soja plantada no cedo vinha levantando a produtividade da safra. Neste ano, quem plantou essa soja terá prejuízo em rendimento — observa Paulo Pires, presidente da Fecoagro.
As cooperativas representam 50% da produção do grão no RS.
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