A jornalista Karen Viscardi é colaboradora da colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A Secretaria da Agricultura do Estado recebeu nessa segunda-feira (20) do Ministério da Agricultura sinalização de que o Rio Grande do Sul tem condições de retirar a vacina contra a febre aftosa. Mas até a autorização efetiva, há ainda muito trabalho. O documento destaca 18 pontos a serem melhorados, como maior número de pessoal nas inspetorias do Interior, adequação dos sistemas e infraestrutura. A partir das 14h desta terça-feira (21), representantes da pasta se reúnem com entidades de produtores para avaliar as exigências.
— O documento traz sinalização de que temos nota suficiente para sermos aprovados, mas com alguns condicionantes. Vamos nos preparar para que, quando houver decisão política e técnica, possamos avançar — explica o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez Junior, ressaltando que esta não é uma resolução da secretaria, mas do governo.
Entre as cláusulas para autorizar a mudança de status estão a criação de 150 postos de trabalho nas inspetorias, o que deve impactar em até R$ 10 milhões ao ano. Para suprir a necessidade, a secretaria pretende realocar funcionários da pasta e, após, contratar serviço terceirizado como forma de agilizar o processo. Também será preciso adequar os sistemas, o que será feito pela Companhia de Processamento de Dados do Estado (Procergs).
O Estado também terá de adquirir cem veículos com capacidade para trabalharem a campo. Rodriguez detalha que, em avaliação preliminar, serão realocados recursos federais que poderão ser suficientes para a compra de 20 veículos, para os outros 80 seria necessário buscar recursos para comprar 80 veículos.
— Com a retirada da vacina, a cadeia da proteína explode. E, se mantivermos a imunização, ficaremos isolados. O Paraná deixará de vacinar este ano e Santa Catarina já não aplica, então é uma questão de competitividade — considera.
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