A jornalista Karen Viscardi é colaboradora da colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro) aguarda notificação do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que considerou abusiva a paralisação da categoria nesta terça-feira (17) e determinou a manutenção de 30% do efetivo dos servidores em atividade, com multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento. Segundo a associação, 90% dos fiscais estão em greve. Apesar do revés, a diretoria avaliou como positiva a decisão:
— Entendemos como um ganho, porque define o trabalho da fiscalização como serviço essencial — afirma o presidente da Afagro, Pablo Fagundes Ataíde.
O dirigente detalha que, após receber a intimação, o documento será encaminhado para a assessoria jurídica para avaliação.
A Afagro recebeu ontem pela manhã a informação sobre a decisão do TJ por meio do secretário da Agricultura, Covatti Filho, após reunião entre representantes da entidade com a equipe da pasta.
— Não desmerecemos a paralisação, até porque têm as prerrogativas deles. Com o gabinete de crise, e liminares da Justiça, a área animal foi contemplada em parte, mas na área vegetal tivemos prejuízos — explica Covatti Filho.
Desde o início da greve até ontem, deixaram de ser emitidos 2.511 documentos para o transporte de vegetais, o equivalente a R$ 94,8 milhões em produtos não comercializados.
O desembargador do TJ Alexandre Mussoi Moreira TJ acolheu fundamentação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) contra a Afagro e o Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado (Sintergs). Na ação, a PGE argumentou que a greve não assegurou a continuidade dos serviços de fiscalização.
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