
Novas definições para o combate à deriva do herbicida 2,4-D no Estado poderão ser adotadas a partir da confirmação de resíduo do produto em 76 amostras — há outras 73 à espera dos laudos. Nesta quinta-feira (28), reunião será realizada entre Ministério Público e Secretaria da Agricultura, com a presença do procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Fabiano Dallazen. O objetivo é avaliar as amostras com resultado já conhecido e também as medidas até agora adotadas para tentar controlar o problema. Produtores de culturas afetadas têm grande expectativa sobre o encontro.
— Não tem mais outra medida a ser adotada que não seja proibição. Desde o início nos manifestamos nesse sentido — pondera Valter Pötter, da Estância Guatambu, de Dom Pedrito.
Ele integra a Associação de Produtores de Vinhos Finos da Campanha, que havia protocolado pedido para a não utilização do produto.
As análises apresentadas também causaram preocupação à Federação da Agricultura do Estado (Farsul), que convocou reunião da diretoria para amanhã. A entidade sempre teve posição contrária à suspensão do herbicida.
— O resultado positivo de 100% amostras (até o momento) é forte. Estamos preocupados e achamos que algo mais tem de ser feito — afirma Domingos Velho Lopes, diretor da entidade que acompanha de perto o tema.
Perguntado sobre se a entidade estaria disposta a mudar avaliação sobre a suspensão, Velho Lopes diz que o posicionamento será o determinado no encontro.
O prejuízo causado pela deriva do produto, usado em lavouras de soja para o controle da buva, foi confirmado pela primeira vez na safra do ano passado.
A partir da confirmação, iniciou-se discussão e foram estabelecidas normativas com regras para a aplicação. Neste primeiro momento, são exigidas nos municípios com diagnóstico positivo em 2018. Mas a continuidade do problema pede nova reflexão.
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