Pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) confirma o perceptível alinhamento entre produtores rurais e governo federal. O estudo que avalia as políticas públicas do setor mostra elevado grau de satisfação com o Planalto. Para a pergunta se o agronegócio se sente valorizado, 65% dos entrevistados responderam afirmativamente. Esse é o maior percentual desde o início do levantamento, no final de 2013.
Os dados do terceiro trimestre foram levantados neste mês pela Fiesp, em parceria com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com 645 produtores do país. Além do item sobre valorização do segmento, outros dois tópicos foram abordados: se há empenho da União para investimentos em infraestrutura que ajudem a escoar a produção e também de forma geral (energia, telefone, internet e celular).
Em relação aos esforços empreendidos na melhoria da logística de portos, rodovias e ferrovias para escoamento da produção, 61% avaliaram que o governo está empenhado em investir, também o melhor resultado da série.
— Este é um forte indicativo de que o governo está em linha com os anseios do setor e empreende a importância do agronegócio para a economia e para a sociedade — pontou Marcio Lopes de Freitas, presidente da OCB.
Fosse feita exclusivamente no Rio Grande do Sul, a pesquisa poderia revelar percentuais ainda maiores de satisfação. Presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira corrobora que o setor mantém, de forma majoritária, o endosso ao governo:
— Acima de 90% na minha percepção.
O agronegócio foi um dos primeiros setores a encampanar Jair Bolsonaro na corrida presidencial de 2018. E o eleito vem correspondendo às expectativas, com inúmeras demandas atendidas — nesta terça-feira (17), Bolsonaro sancionou a posse de armas estendida em propriedades rurais.
No Rio Grande do Sul, o ponto de atenção, por ora, vem do setor arrozeiro, que cobra solução para a crise enfrentada.