O Estado adotará medidas educativas e punitivas para tratar dos problemas causados pelo herbicida 2,4-D. Mas isso será feito em um tom de conciliação, afirmou o governador Eduardo Leite na avaliação dos cem primeiros dias de governo:
— Montamos o grupo de trabalho e estamos articulando soluções que passam pela regulamentação da aplicação, viabilizando ações educativas e punições, no caso da má aplicação.
O governador não fala em suspensão do uso do produto. Ciente do peso da produção da soja na economia do Rio Grande do Sul, Leite acrescentou:
— Entendemos que concorremos com Estados e países que usam esse produto. Sem ele, perderíamos em produtividade.
Nesta tarde (9), o secretário da Agricultura, Covatti Filho, tem reunião com o promotor Alexandre Saltz, do Ministério Público do Estado. No encontro, o titular da pasta deve apresentar conjunto de sete propostas para tentar resolver o problema causado pelo herbicida.
O 2,4-D é utilizado nas lavouras de soja para controle da buva. Mas o produto tem causado prejuízos milionários em culturas como a da uva, da maçã e da azeitona. Laudos da Secretaria da Agricultura comprovaram a presença de resíduo do herbicida em 69 amostras de um total de 81 analisadas, coletadas em 23 municípios do Estado.