Serão retomados nesta segunda-feira (18) os abates dentro do Programa Carne Certificada Angus nos frigoríficos da Marfrig em Alegrete e em Bagé.
A parceria alimenta projeções de alta de 50% no número de animais certificados pela empresa, que no ano passado somou 130 mil cabeças nas plantas onde já atuava com o projeto da Associação Brasileira de Angus (ABA).
O selo valoriza o produto final e também permite maior remuneração do pecuarista – o bônus pago por bovinos que se encaixam nos padrões pode chegar a até 10%. No ano passado, a associação de angus certificou 35 mil toneladas equivalentes de carcaça nas 36 unidades de 16 empresas que participam do programa.
Volume alimentado pela demanda do consumidor, que busca produtos diferenciados, observa Nivaldo Dzyekanski, presidente da ABA:
– A carne com o selo tem qualidade atestada por nossos técnicos.
Miguel Gularte, CEO da operação América do Sul da Marfrig, disse que a valorização da raça vai ao encontro do objetivo de “dar acesso à proteína de qualidade a consumidores de todo o mundo”. Para os produtores gaúchos, essa também é chance de a empresa se reaproximar – em 2017, anunciou unilateralmente a saída do programa nos frigoríficos de Bagé e São Gabriel.
– É uma forma de diferenciar a carne aqui do Estado. A saída do programa foi abrupta e pegou o setor de surpresa – observa Rodrigo Moglia, presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé.