Vinte e seis dos 300 fiscais federais agropecuários aprovados em concurso que estão sendo chamados pelo Ministério da Agricultura atuarão no Rio Grande do Sul. Segundo a delegacia sindical da categoria (Anffa) no Estado, metade já está em atividade.
O restante deve assumir a função até o final deste mês, como estima a superintendência regional do ministério. Eles atuarão nas indústrias de produtos de origem animal que estão sob o escopo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). As vagas serão distribuídas em 23 municípios do Interior.
– Uma parcela da nossa defasagem será suprida com isso. Há plantas que entraram em operação e precisam desses profissionais – diz Bernardo Todeschini, superintendente do ministério no RS.
Uma das convocadas é a fiscal Caroline Posser, que terminou em terceiro lugar na classificação do concurso em todo o país. Ela era fiscal estadual agropecuária e agora passará a trabalhar em frigoríficos com SIF.
– São empresas maiores, normalmente voltadas para a exportação. A entrada dos novos auditores vai melhorar um pouco o fluxo da inspeção. Várias plantas têm três turnos de funcionamento – observa Caroline.
O delegado sindical Mario Fernando Peyrot Lopes entende que seria necessário nomear um número ainda maior de auditores fiscais federais agropecuários:
– Tivemos muitos colegas aposentados nos últimos anos. Esses novos chamados nem chegam a repor esse déficit.
O superintendente do ministério no RS concorda, mas afirma que no administrativo o problema é ainda maior:
– Tenho 95% do meu pessoal dessa área com chance de aposentadoria. Administração geral do sistema é algo que tem de ser pensado.
Por ora, fica a boa notícia do reforço em área tão vital, responsável por fiscalizar frigoríficos e laticínios.