Uma das oito startups da América do Sul aceleradas pelo programa AgroStart, capitaneado pela Basf, a gaúcha Arpac parte para um desafio. Pôr no mercado, na próxima safra, drone capaz de fazer a pulverização química em terrenos de difícil acesso para complementar a aviação agrícola convencional ou substituir de forma competitiva o aplicador costal, trabalho que também traz risco ao operador.
– Poderemos dar, a pequenos produtores, acesso à agricultura de precisão – vislumbra o fundador, Eduardo Goerl, 31 anos (agachado, à direita na foto), piloto que quase perdeu a vida em um acidente aéreo durante voo de instrução, em 2008, em Bagé.
Uma das barreiras a ser superada é fazer a ideia ser competitiva respeitando os limites legais de peso que os drones podem erguer no Brasil: 25 quilos.
De forma comercial, a Arpac atua desde 2017 com a pulverização biológica em lavouras de cana-de-açúcar. A facilidade está no fato de o agente liberado ser o ovo da larva de uma vespa, predadora de pragas da cultura. Assim, com uma grama de carga é possível cobrir um hectare. Em um dia, o serviço pode ser feito em mil hectares.
Poucas partes dos drones são importadas. Projeto e montagem são da Arpac, que ainda desenvolve o software.
A startup, incubada na Unitec, na Unisinos, em São Leopoldo, foi apresentada pela Basf no Show Rural Coopavel, semana passada, em Cascavel (PR), e também poderá estar presente na Expodireto, no início de março, em Não-Me-Toque. A outra empresa envolvida no programa AgroStart, com a Basf, é a aceleradora Ace.