Considerada uma precursora, com métodos diferenciados e inovadores dentro do segmento, a Cooperativa dos Agricultores de Plantio Direto (Cooplantio) viveu dias de glória (na foto acima, terminal graneleiro em Rio Grande). Fundada em 1990 e com sede em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, chegou a ter mais de 30 mil sócios. Promovia seminários anuais, com a presença de nomes de peso de dentro e de fora do agronegócio.
Há pouco mais de dois anos, no entanto, dificuldades financeiras começaram a tirar o brilho da cooperativa. Foi necessário reestruturar o modelo de atuação, terceirizar atividades e se desfazer de unidades.
A Cooplantio não foi a primeira do setor a passar por problemas econômicos. Outras tantas recorreram ao mecanismo de autoliquidação, medida ainda não tomada pela cooperativa. Mais enxuta, ficou praticamente incógnita nos últimos anos. Até a última sexta-feira, quando foi deflagrada operação da Polícia Civil que investiga suspeita de desvio de R$ 17 milhões em sacas de soja.
Por enquanto, os dirigentes manifestaram-se apenas por meio de nota, negando as acusações feitas.
A falta de detalhamento, no entanto, deixa muitas perguntas sem respostas.