Não são apenas os consumidores que o horário de verão divide. Os setores econômicos também. Enquanto bares e restaurantes voltaram a pressionar o governo federal para adotá-lo para dar um gás no movimento dos estabelecimentos, o setor aéreo está bem preocupado.
O horário de verão exigiria mudar horários de passagens, reorganizar escalas, conexões e espaços para pouso e decolagem nos aeroportos. Os tíquetes são vendidos com antecedência e o cliente, claro, quer voar no horário que comprou. Só que nem todos os Estados adiantam o relógio em uma hora, sem falar no encaixe dos voos internacionais.
Os CEOs de grandes companhias aéreas, como Azul e Latam, já manifestaram sua preocupação publicamente. Entendem que o sistema elétrico pode exigir para minimizar picos de energia, mas pedem que, ao menos, a decisão seja tomada com antecedência. Chegam a falar em 45 dias de prazo entre a batida do martelo e a mudança do horário, para que possam reorganizar a malha aérea.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já recomendou adotar o horário de verão, apontando economia financeira de R$ 400 milhões. A decisão agora está com o Ministério de Minas e Energia e o presidente Lula.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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