O principal esclarecimento esperado do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é se o horário de verão amenizaria o consumo de energia no pico do final da tarde, entre 18h e 19h. O estudo será apresentado hoje ao governo federal, para que se tome a decisão se ele voltará ou não. Se ela for técnica, dependerá deste ponto específico.
O comportamento de consumo mudou. As pessoas têm mais eletroeletrônicos, como ar-condicionado, que são acionados se chegam em casa com dia ainda claro e quente. Isso afastou a volta do horário de verão nos últimos anos, desde que foi extinto em 2019. Ao mesmo tempo, a geração de energia cai no final da tarde, quando não há vento forte para os parques eólicos nem sol suficiente para os painéis fotovoltaicos. Isso eleva o acionamento de fontes mais caras e poluidoras, como termelétricas.
É preciso entender o cenário disso no consumo de energia com o relógio como está agora ou uma hora adiantado. A decisão é ainda mais delicada por o Brasil estar passando pela sua pior seca dos últimos 94 anos. Com a chegada do calor, os picos de consumo vão piorar.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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