Está para sair nos próximos dias a decisão do governo federal sobre a volta ou não do horário de verão, pauta recorrente de todos os anos desde 2019, quando ele foi extinto. A paixão sobre adiantar ou não o relógio em uma hora é grande, mas o martelo é batido pelo presidente Lula, que aguarda análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Resumidamente, o estudo mostra se o horário e verão gera mesmo economia de energia, pois o perfil de consumo mudou. As pessoas têm hoje uma gama maior de eletrodomésticos, como ar-condicionado, que são ligados se elas chegarem em casa com calor mais forte. Há seca e reservatórios baixos de hidrelétricas. Térmicas de combustível fóssil foram acionadas e a conta de luz está subindo, gerando a inflação que provoca elevação do juro. Neste momento, mais do que nunca, é o que precisa ser considerado na decisão, mesmo que o comércio de bares e restaurantes peça a volta do horário de verão para aumentar o movimento do happy hour.
Agora, o que não deve influenciar é a ideologia política. Absolutamente não. O fato de o horário de verão ter sido extinto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro não é argumento para ser contra ou a favor. Convenhamos. Que Lula tome uma decisão técnica.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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