Perdas de patrimônio e infraestrutura de empresas gaúchas com a enchente ficarão entre R$ 19 bilhões e R$ 25 bilhões, estima a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS). O presidente, Luiz Carlos Bohn, lista máquinas, estoque e mesmo imóveis.
— Ainda estamos sondando. Tem empresas que acham que vão aproveitar algo, mas logo percebem que não. Os prejuízos aumentam diariamente — comenta.
O montante nem considera vendas que deixam de ser feitas. Bohn quer do governo empréstimos a fundo perdido, ou seja, que não precisam ser pagos de volta. Argumenta que, caso contrário, haverá "convulsão nos empregos".
Fiergs
Na última sexta-feira (17), a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) esteve com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckim. À coluna, o presidente em exercício, Arildo Oliveira, listou os principais pedidos:
— Isenção de impostos federais, empréstimos com carência para começar a pagar e juros menores para a indústria, além da pauta trabalhista.
A pauta trabalhista se refere à flexibilização de algumas regras, como ocorreu na pandemia, especialmente para suspensão de contratos de trabalho com remuneração do funcionário paga pelo governo federal.
A coluna conversou com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sobre o assunto. Relembre: "Tem um elenco de questões possível de autorizarmos", diz ministro do Trabalho sobre o que pedem empresas do RS
PIB
O impacto da Fecomércio-RS no PIB é de R$ 40 bilhões. O valor é semelhante ao da previsão da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), que foi detalhado ao programa Acerto de Contas, da Rádio Gaúcha, pelo economista-chefe, Oscar Frank. Relembre: Enchente pode fazer PIB gaúcho encolher R$ 40 bilhões
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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