A fábrica de vans da Volkswagen em Hannover, na Alemanha, tem 13,5 mil funcionários, o triplo da unidade da General Motors (GM) em Gravataí, no Rio Grande do Sul. Até por isso, o complexo da montadora alemã conta com uma estação de bombeiros e um hospital dentro. São 5,5 mil robôs montando os veículos, que precisam de insumos que movimentam 50 mil contêineres por dia na unidade fundada em 1955. Foi a segunda das atuais mais de 120 operações da Volks no mundo.
Na cidade para a cobertura da feira industrial de Hannover, a coluna visitou a indústria com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Gilberto Petry. Percorremos, em uma das vans, os principais espaços de fabricação e montagem. A automação mostra que, caso não fosse intensa desta forma, seriam necessários muito mais funcionários.
Os grandes robôs usados nas prensas que moldam a carroceria hipnotizam ao alternarem movimentos rápidos com lentos. Quando não há risco ao material, são ágeis para ganhar tempo. Na hora em que vão prensar, colar no ímã ou soltar as grandes chapas de metal, são lentos e delicados. Percebe-se conceitos tradicionais de linha de montagem automotiva modernizados pela tecnologia.
Um desafio da Volkswagen relatado pela equipe: a energia. A equipe que recebeu o grupo repetiu algumas vezes o quão difícil é ter fontes renováveis suficientes. Até mesmo o gás — que é fóssil, mas menos poluente — ficou complicado de comprar após a Rússia suspender a venda em retaliação ao apoio à Ucrânia. "Mas estamos lutando por isso", disse o nosso guia sobre garantir energia limpa para o consumo.
A Volkswagen prepara para o ano que vem uma nova linha mais completa de veículos elétricos, que substituirão carros a combustão. A empresa não planeja apostar em hidrogênio nem etanol.
* A coluna viajou a Hannover a convite da Fiergs.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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