A Justiça homologou o novo plano de recuperação judicial da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), que havia sido aprovado em dezembro pelos credores. Entre os ajustes feitos na proposta anterior, o destaque foi a retirada da venda do curso de Medicina. Outro ponto importante é a entrada como sócio do fundo Calêndula, do Banco Master, que é o principal credor. Com isso, é uma dívida de R$ 1,5 bilhão que não precisará ser paga. Segundo o advogado da Ulbra, Thomas Dulac Müller, do escritório Cesar Peres Dulac Müller Advogados, o fundo irá deter 70% do capital.
A proposta prevê o cronograma de pagamento dos credores. No caso dos trabalhistas, o prazo é de um ano. Nos casos mais longos, a quitação ocorrerá em 18 anos. O endividamento é de R$ 3,5 bilhões, com cerca de 7 mil credores. O plano de recuperação prevê a venda de mais imóveis.
Em paralelo, a intenção é também, em breve, fechar um acordo com a Fazenda Nacional para pagamento de R$ 6,9 bilhões em dívidas fiscais.
A mesma decisão que homologou o novo plano de reestruturação também encerrou o processo de recuperação judicial pelo prazo previsto na legislação. Isso retira a supervisão da Justiça, mas, no caso de descumprimento da proposta, a Ulbra pode ser executada pelos credores no Judiciário por inadimplência.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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