Crescendo como aposta econômica nos últimos anos, o turismo do Rio Grande do Sul fechou 2023 com indicadores animadores. Segundo o IBGE, dezembro teve aumento de 8,1% sobre a atividade do mesmo mês do ano anterior, um dos maiores do país. No acumulado do ano, o avanço foi de 3,2%, o que pode parecer pouco, mas é bastante significativo quando se fala de um setor todo.
Ainda pelo monitoramento do instituto, um dado importante: o turismo gaúcho está 13,2% acima do pré-pandemia, quando é usado o patamar de fevereiro de 2020 como parâmetro. Inicialmente, o setor sofreu com o distanciamento social, mas depois deslanchou com o turismo de proximidade, para destinos próximos sem necessidade de pegar avião. O nível mais alto da série histórica, porém, é o de abril de 2014, e ainda falta 13,2% para alcançá-lo.
Vice-presidente do Transforma RS e curadora de turismo do South Summit Porto Alegre, Gabriela Schwan destaca em especial a evolução dos turistas internacionais no Rio Grande do Sul. Segundo dados da Secretaria Estadual do Turismo, foram mais de 1 milhão de estrangeiros em 2023, dobrando o número do ano anterior, mesmo que ainda não retome o patamar de 2018. Foi o terceiro Estado com mais visitantes de fora do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Interessante observar que 59% vieram a lazer. Aliás, além dos destinos tradicionais do Rio Grande do Sul, a executiva destaca novas vertentes, como o turismo de aventura, mais conectado com a natureza, o religioso e o ligado a atividades do agronegócio. Outra área que cresce é a de viagens para tratamentos de saúde ou serviços de bem-estar.
Voos
Ainda em 2023, 4,158 milhões de passageiros, brasileiros e estrangeiros, desembarcaram nos aeroportos do Rio Grande do Sul, 17,3% mais do que em 2022. O Estado está com 120 voos mensais internacionais.
Empregos
Atividades ligadas ao turismo gaúcho criaram 9 mil empregos com carteira assinada em 2023. Os hotéis responderam por 716 destas novas vagas.
Novas empresas
Foram abertas 17.321 empresas de turismo no Estado. Porto Alegre liderou o ranking de longe, seguido por Caxias do Sul. As atividades consideradas são hospedagem; bares e restaurantes; transporte rodoviário; outros transportes; aluguel de veículos; agências de viagens; serviços culturais; e outros serviços, como lazer.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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