Presidente da Associação dos Atacadistas da Ceasa, Sergio Di Salvo teme aumento da sonegação com as propostas do governo gaúcho para aumentar a arrecadação de ICMS. O principal receio é com a retirada dos benefícios da cesta básica, que contemplam frutas, verduras e alguns legumes, ou seja, boa parte dos hortigranjeiros. Segundo ele, muitos produtores poderão negociar por fora, para evitar a incidência do tributo.
- Outra preocupação é que o ICMS incidiria, inclusive, sobre a quebra que se tem na logística do produto. Então, se paga imposto sobre o que estraga, que pode chegar a 30% - disse Salvo.
- Eles pagariam na compra do alimento do produtor e não conseguiram ter retorno desse imposto pago naqueles que acabam não sendo vendidos porque estragam ou por algum defeito no visual - acrescentou o presidente da Ceasa, Carlos Siegle.
Sobre a elevação da alíquota do ICMS, que é a outra proposta do governo gaúcho e que será votada nesta terça-feira (19) na Assembleia Legislativa, Salvo teme o impacto no poder aquisitivo do consumidor e nos custos indiretos.
- Muitos também deixarão de produzir o alimento - afirma.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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